sábado, 25 de dezembro de 2010
Nietzsche
No cristianismo, nem a moral nem a religião têm qualquer ponto de contato com a realidade. São oferecidas causas puramente imaginárias (“Deus”, “alma”, “eu”, “espírito”, “livre arbítrio” — ou mesmo o “não-livre”) e efeitos puramente imaginários (“pecado”, “salvação”, “graça”, “punição”, “remissão dos pecados”). Um intercurso entre seres imaginários (“Deus”, “espíritos”, “almas”); uma história natural imaginária (antropocêntrica; uma negação total do conceito de causas naturais); uma psicologia imaginária (mal-entendidos sobre si, interpretações equivocadas de sentimentos gerais agradáveis ou desagradáveis, por exemplo, os estados do nervus sympathicus com a ajuda da linguagem simbólica da idiossincrasia moral-religiosa — “arrependimento”, “peso na consciência”, “tentação do demônio”, “a presença de Deus”); uma teleologia imaginária (o “reino de Deus”, “o juízo final”, a “vida eterna”). — Esse mundo puramente fictício, com muita desvantagem, se distingue do mundo dos sonhos; o último ao menos reflete a realidade, enquanto aquele falsifica, desvaloriza e nega a realidade. Após o conceito de “natureza” ter sido usado como oposto ao conceito de “Deus”, a palavra “natural” forçosamente tomou o significado de “abominável” — todo esse mundo fictício tem sua origem no ódio contra o natural (— a realidade! —), é evidência de um profundo mal-estar com a efetividade... Isso explica tudo. Quem tem motivos para fugir da realidade? Quem sofre com ela. Mas sofrer com a realidade significa uma existência malograda... A preponderância do sofrimento sobre o prazer é a causa dessa moral e religião fictícias: mas tal preponderância, no entanto, também fornece a fórmula para a décadence...
MÚLTIPLOS TERRITÓRIOS NO MESMO LUGAR: INDÚSTRIAS, COMÉRCIOS, RESIDÊNCIAS E PROSTITUIÇÃO SE REVEZANDO NO BAIRRO SANTO ANTONIO
O espaço urbano apresenta algumas características que nos possibilitam fazer uma leitura dos mesmos sobre diversos olhares. Dentre essas características podemos destacar que o espaço urbano e “fragmentado, articulado, reflexo e condição social bem como campo simbólico e arenas de lutas” (Correa 1991). Enfatizando este campo simbólico e arena de lutas estabelecendo um caráter mais subjetivo com o relacionamento de algumas pessoas com o espaço, assim como as diversas lutas sócias que existe na cidade formam diversos territórios. As prostitutas e travestis delimitam seus territórios em calçadas ou apenas em pequenos espaços de baixo de arvores ou estacionamentos das empresas ali existentes.O território pode abranger tanto aquelas áreas formadas por blocos sociais quanto aquelas formadas por um determinado grupo social como prostitutas e travestis. No território apresentado há também superposições de caráter cíclicas onde um determinado local apresenta uma paisagem durante o dia e outra durante a noite. Marcelo Jose Lopes de Souza diz que o território é um espaço delimitado e definido por relações de poder, no caso apresentado, o território ira surgir quando um espaço concreto (comércios e residências) é ocupado pelas prostitutas e travestis e dentro deste espaço concreto passa a existir relações de poder....
Por: Kalita Cunne, Jessica Guimarães e Olívia Leite
Liberdade de vontade
Onde um homem chega à convicção fundamental de que é preciso que mandem nele, ele se torna "crente"; inversamente seria pensável um prazer e uma força de autodeterminação, uma liberdade de vontade, em que um espírito se despede de toda crença, de todo desejo de certeza, exercitado, como ele está, em poder manter-se sobre leves cordas e possibilidades, e mesmo diante de abismos dançar ainda. Um tal espírito seria o espírito livre "par excellence" (Nietzsche "A Gaia Ciência", quinto livro, parágrafo 347)
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